Lazer
‘Ainda Estou Aqui’: laboratório de Curitiba desenvolveu técnica usada na criação de fotos usadas no filme; entenda

Filme conta a história real da família do ex-deputado Rubens Paiva, preso, torturado e assassinado durante a Ditadura Militar em 1971. Laboratório é o único da América do Sul que oferta o serviço.
A técnica usada para desenvolver os slides de fotografias que aparecem no filme “Ainda Estou Aqui”, indicado a três categorias do Oscar, foi desenvolvida pelo Laboratório Lab:Lab Analógico, de Curitiba. O processo, que é o oposto da digitalização de filmes analógicos, foi desenvolvido depois de mais de dois anos de pesquisas conduzidas pelo laboratorista fotográfico Vitor Lopes Leite.
A premiação ocorrerá neste domingo (2) em Los Angeles, nos Estados Unidos. Fernanda Torres, protagonista no filme, concorre na categoria Melhor Atriz.
O longa, inspirado no livro de mesmo nome do autor Marcelo Rubens Paiva, conta a história real da família do ex-deputado Rubens Paiva, preso, torturado e assassinado durante a Ditadura Militar em 1971.
Os slides preparados pela equipe do laboratório da capital paranaense foram usados em uma cena na qual Eunice Paiva, especialista em direito indígena, dá aulas sobre o tema. Além disso, a equipe produziu as imagens nas quais os atores refizeram fotos famosas da família Paiva, que foram também utilizadas na divulgação do filme.

Slides preparados pela equipe do laboratório da capital paranaense foram usados no filme Ainda Estou Aqui — Foto: Lab:Lab Analógico
“Foi muito legal porque a gente recebeu um e-mail da produção do filme e já tinha um pedacinho do roteiro. A gente não sabia exatamente o que era, mas a gente já teve acesso aquelas fotos, que foram usadas na divulgação, com o Selton Mello e com a Fernanda Torres. Então foi muito legal, porque um e-mail do Walter Salles não é todo dia que a gente recebe”, relata Vitor.
Processo é o oposto da digitalização de filmes analógicos

Vitor trabalhando no processo de ‘gravação de filme’ para Ainda Estou Aqui — Foto: Lab:Lab Analógico
No processo, chamado de “gravação de filme”, as imagens passam por um tratamento oposto da digitalização de filmes analógicos.
Originalmente, a conversão das imagens digitais para o analógico envolve seis banhos com substâncias químicas. Porém, conforme Vitor, um produto usado em uma das fases do tratamento passou a ser controlado pela Polícia Federal.
Por conta disso, o laboratório curitibano ficou sem ofertar o serviço por um período. Para contornar a situação, entre 2018 e 2019, Vitor desenvolveu uma fórmula própria, chamada de LL-4, que utiliza outros químicos permitidos e possibilitou ao Brasil a volta da revelação desse tipo de filme.
Para “Ainda Estou Aqui”, as fotos digitais foram gravadas no modelo de filme colorido positivo – o mesmo que é visto em monóculos, por exemplo – reveladas na fórmula LL-4 e montadas em slides.
Além disso, os slides passaram por um tratamento para que ficassem com o aspecto de envelhecidos. As imagens reconstituídas da família Paiva chegaram em películas ao laboratório e, por aparecem no final do longa-metragem, as fotos teriam que aparecer “degradadas”.
“A gente teve que dar um toque a mais para essas fotos parecerem degradadas pelo tempo. Tem um desvio de cor, algumas são amareladas, outras azuladas, para ter esse impacto de foto de época”, relata.

Vitor trabalhando no processo de ‘gravação de filme’ para Ainda Estou Aqui — Foto: Lab:Lab Analógico
O processo de criação das imagens passou por diversos testes. Depois de erros e acertos, a equipe chegou ao resultado esperado.
“Algumas fotos ficaram estouradas, super brancas, outras subexpostas, que são fotos bem escuras que a gente não consegue ver os detalhes. Mas no final das contas, a gente chegou em resultados muito bons que pareciam que foram tiradas com esse filme”, conta Vitor.
Outros paranaenses na produção

Murilo Hauser, Heitor Lorega, Marjorie Estiano, Lourinelson Vladmir, Otávio Linhares e Luiz Bertazzo também participaram da produção — Foto: Arquivo Pessoal, Adam Scheffel/RBS TV, Renato Amoroso/Divulgação, Redes Sociais, Divulgação
Além da equipe do Lab:Lab, outros paranaenses participaram, de alguma forma, do filme.
A obra conta com o roteiro adaptado de dois curitibanos: Murilo Hauser e Heitor Lorega.
“Ainda Estou Aqui” também tem quatro atores curitibanos no elenco: Marjorie Estiano, Lourinelson Vladmir, Otávio Linhares e Luiz Bertazzo.
Indicação ao Oscar
“Ainda Estou Aqui” foi indicado à principal categoria do Oscar 2025, de Melhor Filme. Foi a primeira vez na história que um filme brasileiro entrou na disputa a maior categoria do Oscar.
Curitiba
Ana Botafogo e elenco de 55 bailarinos apresentam o clássico ‘Giselle’ no Teatro Guaíra

Um dos balés mais aclamados da história, “Giselle” será encenado no Auditório Bento Munhoz da Rocha Neto (Guairão) nesta semana, nos dias 8 e 9 de abril (terça e quarta-feira), às 20h. A produção é uma realização da Fundação Cultural de Curitiba e conta com a renomada bailarina Ana Botafogo ao lado de um elenco composto por 55 bailarinos. Além das apresentações noturnas, haverá uma apresentação especial para estudantes das escolas municipais na quarta-feira, dia 9 de abril, às 15h. Os ingressos estão disponíveis para compra no Disk Ingressos.
O espetáculo também terá como destaque Juliana Valadão e Cícero Gomes, primeiros bailarinos do Theatro Municipal do Rio de Janeiro, que interpretarão os papéis principais de Giselle e Albrecht. Pela primeira vez encenado em 1841, na França, “Giselle” é mundialmente reconhecido por combinar técnica apurada e grande carga emocional, com uma narrativa que aborda temas como amor, traição e redenção.
A trama gira em torno de Giselle, uma jovem camponesa que se apaixona pelo nobre Albrecht sem saber que ele já está comprometido. Quando descobre a verdade, Giselle sucumbe ao desespero e morre, passando a integrar o grupo de espíritos femininos conhecidos como Wilis, que buscam vingança contra homens infiéis. A obra possui coreografia de Jean Coralli e Jules Perrot, com música original composta por Adolphe Adam.
Desde sua estreia na Ópera Nacional de Paris, “Giselle” alcançou enorme popularidade nos palcos da Europa, Rússia e Estados Unidos, destacando-se como uma das joias do repertório clássico do balé.
Eventos
Espetáculo “Orfeu e Eurídice” do Balé Teatro Guaíra retorna aos palcos em maio com releitura contemporânea

Após uma estreia de sucesso em novembro de 2024, o espetáculo “Orfeu e Eurídice”, do Balé Teatro Guaíra (BTG), volta ao palco do Auditório Bento Munhoz da Rocha Neto (Guairão) nos dias 9, 10 e 11 de maio. Os ingressos já estão à venda na bilheteria do Teatro Guaíra e no site Deu Balada.
Uma das mais conhecidas tragédias gregas, “Orfeu e Eurídice” narra a história do amor e da perda através do mito de Orfeu, filho de Apolo e da musa Calíope, reconhecido por seu talento musical com a lira. Na trama, Orfeu desce ao submundo para resgatar sua amada Eurídice, mas, ao desobedecer à única condição imposta pelos deuses, a perde para sempre, condenando-a a permanecer no mundo dos mortos.
Nesta montagem, o espetáculo ganha uma releitura que incorpora a estética das danças urbanas, com uma trilha sonora executada ao vivo. Criado por Luiz Fernando Bongiovanni, diretor do BTG, e pelo coreógrafo convidado Eládio Prados, o espetáculo estabelece um diálogo entre a lenda grega e a contemporaneidade, oferecendo um olhar inovador sobre o clássico mito. Durante meses, os bailarinos foram conduzidos por um processo criativo que explorou a fusão entre a dança contemporânea e as danças urbanas, resultando em uma apresentação inédita. “É uma tragédia, uma grande história de amor que traz reflexões tanto para o indivíduo quanto para o coletivo contemporâneo”, explica Bongiovanni.
A trilha sonora, assinada por Ed Cortes, une bases eletrônicas à execução ao vivo de músicos da Orquestra Sinfônica do Paraná, que utilizam instrumentos como harpa, viola, cello, guitarra elétrica, bateria, percussão e saxofones. A direção de arte tem a assinatura de Renato Theobaldo (cenografia), Cássio Brasil (figurinos) e Lucas Amado (iluminação), com um ambiente cênico no qual forma, cor e luz dialogam com a dança para amplificar a emoção do espetáculo.
A produção ainda conta com consultoria artística do CircoCan, representado por Pedro Mello, que incorpora elementos aéreos às coreografias, elevando a performance a novos patamares.
Serviço:
Orfeu e Eurídice
Datas: 9 e 10 de maio (sexta e sábado), às 20h30; 11 de maio (domingo), às 18h
Local: Auditório Bento Munhoz da Rocha Neto (Guairão)
Ingressos: à venda na bilheteria do Teatro Guaíra e no site Deu Balada
Tempo de duração do espetáculo: 1h30
Classificação: Livre
Preço dos ingressos: R$ 20,00 (inteira) e R$ 10,00 (meia)
Lugares livres.
Esporte
Pilotos destacam emoção e esperam grande público no Red Bull Showrun em Curitiba

Os motores dos carros que farão a festa dos fãs de automobilismo no Red Bull Showrun, em Curitiba, no próximo sábado (15), já começaram a fazer barulho. Na tarde desta quinta-feira (13), alguns pilotos que vão participar da primeira edição do evento no Brasil testaram os carros que prometem levar muita adrenalina ao Centro Cívico, no coração da capital paranaense.
As primeiras acelerações da semana ecoaram pelas ruas centrais da cidade, dando um gostinho do que o público pode esperar. O grande destaque será a exibição do lendário RB7, carro de Fórmula 1 que levou o alemão Sebastian Vettel à conquista do campeonato mundial e de construtores em 2011. Em Curitiba, ele será pilotado por Patrick Friesacher, ex-piloto da Fórmula 1 e representante da Oracle Red Bull Racing. “É sempre algo muito especial, ainda mais no Brasil, onde as pessoas são tão apaixonadas pelo automobilismo. Meu ídolo sempre foi Ayrton Senna, então é um grande prazer trazer esses carros para perto do povo e pilotar aqui”, celebra Friesacher.
Outro grande nome que participará do show é Scott Speed, ex-piloto de Fórmula 1, que na ocasião vai fazer manobras radicais com o Visa Cash App Red Bull Racing, carro da equipe na temporada passada da Fórmula 1. “É muito especial trazer algo tão icônico como um carro de Fórmula 1 para o centro da cidade, ainda mais de forma gratuita. Nem todo mundo tem a chance de ir a uma corrida, então é único poder proporcionar essa experiência. Além disso, o melhor momento para mim é depois do show, quando podemos passar de carro acenando e vendo a alegria dos fãs”, disse. Os dois carros da Fórmula 1 chegam a 320 km/h.
O piloto brasileiro Lucas Moraes, bronze no Campeonato Mundial de Rally-Raid, principal competição de motos off-road do mundo, além de tricampeão no Rally dos Sertões, também esteve em Curitiba nesta quinta-feira e se apresenta no sábado. “É sempre diferente pilotar no asfalto, mas é muito legal participar de um evento que será um marco para a cidade, que é muito especial para mim, já que a família da minha esposa é daqui e visitamos sempre. É uma honra participar e espero que a galera goste porque o show vai ter muita velocidade, isso eu garanto”, promete. O brasileiro vai dirigir um UTV, veículo utilitário multitarefas, considerado nas competições de rally um intermediário entre um carro e um quadriciclo.
PROGRAMAÇÃO – O Red Bull Showrun começa às 14h deste sábado (15), mas a abertura dos espaços destinados ao público acontece a partir do meio-dia na Avenida Cândido de Abreu, no Centro Cívico. A entrada é gratuita até atingir a lotação máxima permitida.
Além das exibições dos carros de Fórmula 1, o evento contará com apresentações de motocross, UTV, skate e performances de grandes nomes do automobilismo e dos esportes radicais. O evento é uma parceria entre o Governo do Estado do Paraná e a Prefeitura de Curitiba, em parceria com a Red Bull.
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